Meu patrão eu não vim te pedir,
Vim cobrar o que é meu por direito
Nas estradas que já percorri
Vi retrato de sonhos desfeitos
Vi criança pedindo comida
E o emprego uma rara ilusão
Mas agora a paciência minguô
E aqui tô que tô seu doutor
E não tô só não
Esperar só as graças de Deus
Já não dá , Já não dá, Já não
dá
E farinha com água demais seu doutor
Pra apenas alguns, caviar
Viola de encanto, de canto e de pranto
Não quer mais apenas chorar
Viola de intriga, de estrada e poesia
Viola caipira
Insiste em me acompanhar
Meu patrão eu não vim te pedir
Vim cobrar o que é meu por direito
Nas estradas que já percorri
Vi retratos de sonhos desfeitos
Vi favela engasgada de fome
E o campo sem ter plantação
Mas agora paciência minguó
E aqui tó que tó seu doutor
E não tó só não
Esperar só as graças de Deus...
meu nome é José Brasileiro
meu pai é Joaquim do Brasil
Minha mãe é Maria Nação
Nunca vi coração pra ser tão varonil
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